O setor de educação é um dos segmentos que teve maior impacto pela pandemia de covid-19 e as edtechs estão atraindo olhares de grandes empresas, grupos educacionais e investidores pelo seu papel fundamental trazendo inovações no aprendizado digital e customizado.
Nesse cenário vemos a quantidade de possibilidades que o setor oferece para novas empresas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Startups existem mais de 20 tipos de tecnologias e soluções diferentes para a educação e lideram esse ranking soluções de plataformas de oferta de conteúdo online, seguida por ferramenta de avaliação do estudante, ferramenta de apoio à gestão pedagógica e jogos educativos.
Segundo um estudo da plataforma Distrito, as edtechs receberam cerca de US$ 553,6 milhões (cerca de 2,84 bilhões de reais) em investimentos em 2021, um valor 770% mais alto que o arrecadado no ano anterior. Houve também um aumento na criação dessas empresas, um levantamento do CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) e da Abstartup (Associação Brasileira de Startups do Brasil), que considera dados coletados entre 2019 e 2021 apontando que o país teve um crescimento de 26% em edtechs, totalizando em 566 empresas.
Uma das principais edtechs nacionais, a Descomplica – startup que oferece cursos online para o Enem, vestibulares, graduação e pós-graduação – captou em fevereiro de 2021, em uma rodada Série E, R$ 450 milhões liderada pelo SoftBank e Invus Group, ela inclusive é cotada por especialistas a se tornar a primeira unicórnio do setor. Já a escola de tecnologia Trybe recebeu um aporte de R$ 145 milhões em rodada série B, liderada por Base Partners e Untitled, com participação de XP, Global Founders Capital, Endeavor Scale Up Ventures, Verde, Luxor, Hans Tung, managing partner da GGV, no segundo semestre do ano passado.
A tecnologia e inovação permitem repensar o modelo educacional, dando mais autonomia ao aluno, que passa a ter a possibilidade de aprender onde quiser, no tempo que quiser e como quiser. Nessa vertente, a plataforma Redigir, uma empresa que atua na gestão de processos de ensino-aprendizagem de redação, por exemplo, atua com um grande dilema na educação, a escrita, e oferece a partir da correção, trilhas de aprendizado customizadas, o que permite ao estudante decidir o seu caminho na aprendizagem.
As apostas estão nas edtechs que conseguem trazer as tendências para o modelo de negócio: gamificação, machine learning, metaverso e aprendizado personalizado e contínuo, sem deixar de lado o protagonismo do aluno e o conhecimento prévio que cada traz para o ambiente de aula, seja virtual, ou não.