Brasil tem hoje 839 construtechs e proptechs ativas, um crescimento de 235% nos últimos cinco anos.
Setor de construção civil representou em 2021 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) e teve um faturamento que chegou a R$ 697 bilhões.
Entre as startups unicórnios duas são proptechs: Loft e Quintoandar, com faturamento acima de US$ 1 bilhão.
Construconnect recebeu em 2020 investimento da BossaNova o que garantiu um aumento de 173% no número de clientes.
Em alta nos últimos dois anos, o mercado da construção civil deve se manter em 2022, acompanhando o ritmo do setor, as chamadas construtechs – startups de construção civil e engenharia, ganham espaço na economia e atraem investidores nacionais e internacionais.
Lá no início dos anos 2000 era praticamente impossível imaginar que a construção civil poderia também atuar no campo digital, mas a evolução tecnológica chegou e de acordo com uma pesquisa da Terracota Ventures existem hoje 839 construtechs e proptechs (startups do mercado imobiliário) ativas no Brasil, um salto de 235%, quando comparamos com 2017 – motivado pelo uso da tecnologia no setor.
O mercado da construção civil se manteve em alta nos dois últimos anos e a tendência é que em 2022 continue aquecido. O setor representou 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2021, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A câmara também estima que o faturamento do setor chegou R$ 697 bilhões no mesmo ano.
O novo jeito de construir, reformar e morar impulsiona o ecossistema da construção civil, afinal, cada vez mais é preciso pensar em redução de custos, materiais mais resistentes e obras mais rápidas. As soluções vão desde compras de materiais pela internet, obras montadas em blocos e edificações inteligentes, a ideia é dominar a cadeia de ponta a ponta e já tem construtech para isso.
Esse campo das startups ainda engatinha quando comparado a outros já consolidados no mercado, todavia grandes players setor estão mirando nas construtechs para investimento, como é o caso da Votorantim Cimentos, Gerdau e Tigre criaram a Juntos Somos Mais, programa de fidelidade para varejistas e profissionais da construção. Outro fator importante de evolução no segmento é que só no ano passado duas proptechs se tornaram startups unicórnios, a QuintoAndar e a Loft.
Entre os investimentos de 2021 está o caso da Construconnect, startup que rastreia informações de obras e mapeia para prestadores de serviços e lojas de materiais de construção para os assinantes do serviço. Com o objetivo de expandir a atuação e aplicar melhorias no software, promoveu uma rodada de negócios para captar recursos e atraiu a BossaNova Investimentos, com a assessoria da Valore Brasil. Com o aporte, a Construconnect garantiu um aumento de 173% no número de clientes, além de atuar em 22 cidades diferentes com modelo de licenças. O investimento permitiu ainda um crescimento acima da média do mercado.